mínimo.

Vejo dois filmes seguidos do Eduardo Coutinho.
Os dois sobre histórias de amor - gosto dessas cenas que dão tapas no rosto.

Preciso parar de ser tão vazia, - penso olhando pros créditos do último filme.

Mas de solidão em solidão, ser vazia é um dos menores problemas.

Admiro histórias de amor sem finais felizes, sem linhas métricas de cotidiano sem brigas.
Gosto do que da errado, e que por ventura se endireita.

Acho o nosso amor lindo. Porque é torto. E não imagino algo melhor.

Mas enquanto não voltamos,
me dedico aos cigarros.
E de fumaça em fumaça,
faço nuvens de sonhos;
nuvens essas,
cheias de memórias que jamais conseguiria pincelar.

O gosto do teu corpo, o sabor dos teus lábios.
Fito quando cruza o quarto com a sala, tuas curvas.
E em silencio te amo mais.
Enlouquece-me quando põe sobre o colchão suas caricias e provocações.
No entanto, me fabrica ódio quando sai sem me dizer pr'onde.

Nosso maior erro foi ter insistido, mas nossa maior idiotice foi termos desistido.