10.07.2014

Coleção de finais.

O batimento do meu coração vibrou o corpo inteiro.

A angustia.
A espera.
A derrota.

Sua voz continuava a ecoar na minha cabeça. Você não me esperou, mas eu também não pediria.
Você não terminou de me abraçar, e eu não forçaria.
Você não esqueceu nada para vir buscar, então inventei um presente pra te ver voltar.
Você não voltou.

Na manhã seguinte, você não arrumou a cama e nem ajudou a preparar o café.  Você não me abraçou apertado, muito menos dissertou como seria seu sábado enquanto eu estivesse trabalhando. Você já sabia o que iria dizer. Iria me culpar e evitar minha rua pelo resto do ano.

Eu evitei a cidade,
amizades,
bares,
saudade.
Eu evitei você, e me reinventei.
Eu me fiz em 2 pra supri 1 de você.
E em cacos acabei em mais de 100.

Não vou me esquecer de como você nunca assumia que estava com sono. Ou como você dormia com as mãos juntas. Muito menos como desconfiava quando eu te olhava de lado.

Respeito vontades e seu corte no laço.

Tenho a tua coragem como exemplo, tiro meu barco da areia e volto a remar.
Quando um dia pousar, te mando noticias travestidas de mentiras: te direi que sou mais feliz.

Me promete esquecer como o mundo é cruel e que irá viver cobrindo as dores e sorrindo das cicatrizes.  Remédios, amores mornos e cachaça não vão curar. Os segundos, sobretudo as horas, sim, o tempo fará.

Desejo que quem vier ocupar meu cargo fracassado, termine as promessas que não cumpri.
Lave os panos que sujei.
E cesse os prantos que lhe causei.

A cada sorriso seu, se fez dois do meu: um retribuindo o teu, e outro relembrando o primeiro. Assim na multiplicação, te desejo o infinito.
Que lembre os beijos antes de ir. Que qualquer dia não tenha raiva de vir. E que guarde o amor para rir.

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