8.17.2014

Tardar.

Meio de mês.
Meio tudo, e ao mesmo tempo, cheio de nada.

A vida com toda sua beleza, sobre reservar uma escala de importâncias, cada grau, com toda sua respectividade, sabe o que cada ponto exige do ser. Desde criança, sabemos que para viver é preciso suprir todas as expectativas -em cada família, lugar e cultura; há seu grau respectivo.

Mas e aí? O que fazemos em sã essência que vem do desejo do existir? Será que vivemos, ou respondemos o processo?! São em pontos assim, que atingimos outra escala, aquela fora da caixa, onde decidimos sair ou não do armário de conformações. É a teoria de Nárnia contra o poder, a soberania. Ainda somos os mesmo, como diria Elis Regina. Ainda somos os mesmos burgueses atrapalhando a plebe.

Guardanapos marcados,
Sujeira espalhada,
Recipientes vazios.
Sustentabilidade opaca.

Som da sirene ensurdecedor,
Insônia projetada,
Viatura desfila,
Neguinho gira.

-Quantas família já foram destruídas com um telefonema hoje, Doutor?
-Tá reclamando do nosso trabalho?
-Não, não, mas é um fato, né?
-Preso por desacato.

A sirene continua, contínua e rápida,
a dor de cabeça chega, de praxe.
Meia hora com um alarme. Uma vida sem hora pra tantas reclamações.
Cada um com seus problemas, e a sociedade desliza.

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