2.20.2014

Uma breve introdução ao feminismo com Chico Buarque.

Não é preciso desejos fora da heteronormativilidade pra assumir a beleza feminina, seus traços, seus movimentos, seu mistério. Se nem mulher sabe a alegria e o ais de ser de venus, quem saberá? Fato é que a negação é inexistente sobre esse tipo de corpo que nunca será igual a outro, a miscigenação é maior e só cooperou pro deslumbramento da história corporal.

"(...)aqueles olhos de comer fotografia."
Chico é um amante da alma feminina, dos corpos errantes, dos peitinhos assaz e das bundinhas assim mas também de curvas e quadris. Vê a sedução da femme nos mistérios da alma, sua curiosidade do pensar e do agir, e sua afirmação de ser o voyeur dessa descoberta de ver a alegria nas surpresas inacabáveis de uma terra nunca navegada, é delicioso! Mas quando ele nos faz imaginar seus olhos nos nossos olhos - e corpos! - apenas enfatiza seu charme em dizer que desconhece, de ser coisa que não se atreve a entender e que nunca - NUNCA! -concluíra essa tese que tanto o fascina. O que nos deve fazer admira-lo como um verdadeiro crítico, maior que alfa ou homem, um ser humano feminista não no sentido de guerrilhas mas de valorizar o triunfo desse gênero.

Seriamos mais evoluídos se fossemos humanos da espécie buarque, seriamos uma sociedade feminista, com valores de admiração e consciência da perfeita obra e do bem que faz ter tal arte cruzando-nos em cada esquina. E nós, mulheres, perceberíamos que não somos Anas, Heloisas, Thaises, Marietas, Marias, Silvias, Helenas, Ninas e muito menos nascemos em Atenas, mas deveríamos todas ser amadas e aprofundadas com olhos devoradores e transbordantes de amor como os de Chico. Somos feitas todas para amar, para ser desejadas, bem tratadas e respeitadas. 

4 comentários:

  1. Seriamos mais evoluídos se fossemos humanos da espécie buarque...
    Que texto maravilhoso!

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  2. Faltam mais Chicos neste mundo. A aceitação e a apreciação das diferenças ao natural torna da observada bela. É isso que é mágico. Ver a beleza nos jeitos, nas curvas, nas individualidades... Essa ditadura da beleza em que todos devem seguir o mesmo padrão (magro, liso, loiro, etc), me chateia, porque ela mata essa percepção buarqueana de ser!

    Adorei o texto!
    Um beijo,

    http://www.algumasobservacoes.com/

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    1. Concordo plenamente, Fê!
      Obrigada pela visita, volte sempre. Beijos, ♥.

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